terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Me deixe feliz


deixe o ano novo amanhecer...
deixe o sol nascer.

viver, viver...
é estar preso a um inconstante não ser.

maravilha ser assim.
feliz ano novo pra mim.


J.Fábio 31/12/2008 03:20

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

War


ela me disse que pareço criança!
mas como é bom ser tudo isso, colorir-me e ser feliz com ela...


quanto a morte, pode ser tão bom quanto isso aqui.

que bom então.

J.Fábio 20/10/2008
Foto by: F. Correia

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

De bike eu vejo isso... E você? :)




Com im prudência eu vou
pedalando pelas ruas das cidades, cidade, idade...

25/07/08. J.Fábio
Foto Sugerida por Fábio e tirada por Fernando correia enquanto pedalavam.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

a um velho amigo



Meu amigo (velho amigo) se despediu esta manhã
Meu amigo (velho amigo) se despediu esta manhã
Lá nas alturas do Monte Sião (agora ele vai, ele vai lá)
Lá nas alturas do Monte Sião (vai pode ir!)

Vou ascender vela pra ele, eu vou fazer uma oração.
Vou ascender vela pra ele, eu vou fazer uma oração
Eu vou fazer pra Deus um pedido em minha meditação
Pra que ele faça boa viajem nessa passagem!

Ei!

A vida é uma ponte e agora você vai conhecer o outro lado (vai lá)
A vida é uma ponte e agora você vai conhecer o outro lado, é! (pode ir)
A Verdade é uma só, tanto aqui quanto lá!
A Verdade é uma só, tanto aqui quanto lá!

Ponto de Equilíbrio
"Velho Amigo"

Lembranças de uma noite daquelas...

quinta-feira, 29 de maio de 2008

drão


Drão!
O amor da gente
É como um grão
Uma semente de ilusão
Tem que morrer prá germinar
Plantar nalgum lugar
Ressuscitar no chão
Nossa semeadura
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Nossa caminhadura
Dura caminhada
Pela noite escura...

Drão! Drão! Êh!

Drão!
Não pense na separação
Não despedace o coração
O verdadeiro amor é vão
Estende-se infinito
Imenso monolito
Nossa arquitetura
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Nossa caminhadura
Cama de tatame
Pela vida afora
Êh! Êh!
Oh Drão! Drão!
Oh! Oh! Drão! Drão!

Drão!
Os meninos são todos sãos
Os pecados são todos meus
Deus sabe, Deus sabe
A minha confissão
Não há, não há
O que perdoar
Por isso mesmo é que
Há de haver, há de haver
Mais compaixão
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Se o amor é como um grão
Morre, nasce trigo
Vive, morre pão
Drão! Drão!
Drão! Drão!
Drão! Drão!
Drão! Drão!


Gilberto Gil

terça-feira, 6 de maio de 2008

O Encontro : Colorindo- se em um lugar fora do espaço

E então ela recebeu uma flor. Ainda não sabe onde tudo isso vai acabar, mas pelo menos recebeu uma flor. E esse é um bom começo para um filme, onde os personagens principais são dois seres coloridos, de mundos tão diferentes que até o destino já havia desistido dessa união. Mas, por ironia do próprio destino, essa união aconteceu. E aconteceu da forma mais bela, entre todas as formas belas do universo. Aconteceu quando eles juntaram seus mundos:



Ele era um rapaz vivendo num mundo de fantasias, poesias, alegrias e todas as “ias“ que você puder imaginar (no bom sentido, é claro). O nome deste mundo fantástico? Marte. E você será muito bem-vindo aqui, pode entrar, por favor, não tenha medo, basta ter imaginação.



Ela era uma moça vivendo num mundo que era só dela. Neste você não pode entrar, eu sinto muito.À menos que tenha coragem suficiente para tentar desvendar todos os mistérios que o cercam. O nome deste mundo? Desculpe, não posso revelar. Assim todos ficariam sabendo onde é e nós não queremos isso...



E um dia esses mundos se encontraram e formaram um terceiro mundo, muito mais colorido, encantador e mágico, parecidíssimo com a Terra do Nunca, diga-se de passagem. Este mundo é um Reino Encantado, onde um Príncipo Verde mora num castelo todo branco e tem uma Príncipa Azul que diariamente o espera à beira da janela da casa da vida. Algumas vezes ela tentou ir embora do castelo, mas ele não deixou, prometendo cuidar e protegê-la de uma provável gripe que ela pegaria, se dormisse na cama que a chuva fininha molhou. Ele ensinou a ela que é preciso sonhar e acreditar nos sonhos, porque tudo é possível e a vida pode acontecer como queremos. Além, é claro, de ensinar a maneira correta de tirar os caroços do tomate. Ela ensinou a ele que na chuva ninguém pode ficar triste, e que as roxas devem ser colocadas em cima, embora ele não tenha entendido muito bem essa última parte.



E eles descobriram coisas fantásticas juntos, como as árvores que nunca param de se beijar, as plantinhas que ficam felizes com um banho, o padeiro que queima o pão, a terra seca e mau-educada que escuta a conversa alheia, o suco bom, as estrelas que protegem, a dança dos corpos, o chocolate amargo, as mordidas que deixam marcas, o sorvete pra pedir desculpas, o carinho, o sorriso, o abraço, o magrelar que é sem fim ... e descobriram tudo isso enquanto passeavam no jardim encantado que fica próximo das terras do castelo.

Hoje, eles crescem juntos. E esperam continuar assim para todos os sempres.

E só pra lembrar: eles já são quase um só.




Patrícia Belieiro
26 de abril de 2008
17:05 hrs.

quarta-feira, 19 de março de 2008

lembranças

ontem vi uma centopéia enquanto pedalava no caminho de volta pra casa...
e lembrei-me do tempo em que uma pequena teve uma centopéia!

ontem também vi uma garrafa de smirnoff e uma de cicarelli* em outro trecho do jardim da ciclovia do caminho de volta pra casa.
e senti a felicidade dos tempos em que magrelar é estar mais que feliz...

ontem, eu lembrei de esquecer de lembrar de mim!
bom assim.

lembranças, lembranças, lembranças...
jujubas, magrelas.
sorrisos, olhares
começos e fins.

e tudo aqui,
assim, em
mim.




J.Fábio 19/03/2008

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

sem

muitos dias eles estiveram juntos,
num desejo só, numa felicidade só, numa cama só...
dias que ele não queria mais que acabasse!

despiram-se.
de ternura, desejo e sorrisos vestiram-se.

e no quarto,
o cheiro;
na cama,
os gestos!
em teu olhar,
os sorriso
magrelos a magrelar.

ah! bom relembrar...

lembranças do sorvete prometido,
lembranças de um desejo esperado;
hoje mais que vivido, construído.

e as roupas no chão pediam atenção,
solicitavam carinho,
gritavam com o frio
da ausência dela
no calor do quarto
verde-azulado!

como o menino verde em mais uma noite sem o azul
cercado em teu quarto por lembranças e silêncio...
o peso do silêncio!

e o silêncio...
o silêncio.
silêncio!
sempre o silêncio azul do ceú.

mas,
um telefonema;
vozes,
e um
sono
zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz!



J.Fábio 28/02/2008

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

descoberta


o nome dela foi escrito e esta lá
em um azul acima do Rio Sergipe,
onde o vento mora e as amizades são sinceras.

as árvores que se beijam
e já viram muitos risos e lágrimas
nessa vida, tomam conta deles
no jardim imaculado onde os caracóis
se encontram a cima de suas cabeças,
e as estrelas vira e volta correm
alegres pelo céu.

as três marias que eles pensavam
estar a vigiá-los, como também a mais brilhante
da noite tomavam e tomam conta deles enquanto
conversam distraídos em suas noites quais queres!

perdidos, como as estrelas sem brilho
estiveram em um céu, sem cores,
pequenos, miúdos, mudos.

mas com a efêmera chuva da noite
tudo ganhou sentido,
e o desejo mostrou toda
sua cor e brilho!

assim ela mostrou a ele que na chuva
ou no jardim deles tudo tem cores,
beijos, palavras, gemidos...

e sem entender aqueles que se magrelam,
percebem, falam e sentem tudo;
e as plantas que ao serem molhadas
sorriem, ouvem eles falarem
em meio e sim,
e como eles
descobrem que
o magrelar;
é assim,
sem meio
nem
fim.

J.Fábio 29/01/08 03:40

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

sem saber

o poeta dormiu noites com quase tudo o que ele deseja!
e tocava, cheirava, abraçava, e cheirava, dormia feliz;
pois tudo se tornava real e simples em teu desejo de guri.

ele nunca soube o que fazer,
talvez nem saiba do que vê,
ele pensava saber do que sente nessa vida,
mas o poeta só sente, faz, magrela e nada mais.


e o cheiro azul do verde dela o acompanhou até onde a distância se fez presente!
hoje em tua cama logo a baixo de tua cabeça, onde os sonhos ocorrem, as cores deles estão lá, construindo a memória de todos os dias que se foram e virão.

e agora ele segura e aperta o cheiro azul do verde dela que esta em sua mão.
e segura e segura a tua mão.

e lembra deles a passear a noite
pela cidade das araras e cajus;
de mente, corpo e mãos dadas.



j.Fábio 22/01/08
imagem: feita por cacau no paint

domingo, 13 de janeiro de 2008

conjugando sem tempo


eu magrelo ela!
tu magrela eu?
ela magrela eu.

nós magrelamos.
vós magrelas.
eles/elas, nunca magrelarão.

ai ai viu, ai,ai...



J.Fábio 13/01/2008
foto: álbum do orkut de /P.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

poemia


e um dia no banho ele já não sabia
se era lágrimas ou água que
sobre o feio rosto escorria!

como também já não sabia
a tal diferença entre uma
criança, uma mulher ou a virgem maria.

e enxergou-se como aquele
ultimo homem, que só
realmente ela o sabia.

seus dias viraram noite,
e sua vida; já não vivia!
descoloriu-se
e nada mais sentia,
cheirava ou via.

já não podia mais ser,
agora só era tudo aquilo
que não se via e nem queria.


J.Fábio 11/01/2008 03:25 pm