quarta-feira, 28 de novembro de 2007

depois da linha do trem


depois de uma tarde longa, a pedalada de despedida foi semi-coordenada por uma das amigas que logo ira partir pra longe...

o globo acima de suas cabeças era mal desenhado e de cor vermelha estranha naquele dia!
foi a 1ª tarde deles, e valeu mais do que muitos dias...
descobriu de sua mãe, irmãos, e do significado da quarta feira de cinzas!

em calçadas alheias, sob o sol, eles foram mais que sonhos e fantasias...
outro dia ele pediu pra iluminar os dias dela, e ela disse que podia!

quando ele pensou em ficar quieto, a amiga disse que não devia.

ele disse se for o caso eles irão crescer e dar vida aos seus mundos coloridos juntos, mas ele vê e sente que há algumas missões impossíveis nela, e em um mundo de focas, gnomos, catinga, cogumelos, raio-x, placas de cobre e zinco; primos arrochados, e tudo mais, ela um dia o levou até a linha de trem e noutro o levou um sorvete dos sabores que só eles sabiam, mas ele ainda nem pode ver onde ela descansa de seus dias...

só sabe que é depois da linha do trem, onde ele corta o ponto novo e a sua casa, que esta por lá, mas pra ele ainda é uma lembrança, longe, distante, invisível, vazia...


como algumas noites e dias sem o sabor de uma certa magrelinha.


j.Fabio 29/11/2007

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

posso?


e um dia ela disse a ele que tinha medo...

e por muito tempo ele pensou sobre tal frase;
um outro dia ele ouviu novamente ela falando a mesma frase...
e pode pensar de entende-la melhor.

mas mesmo assim não entende.
e pede desculpas!!!

porem ele pode falar que gosta muito dela e que sente tudo isso que não tem explicação entre eles mesmo distantes....

e chega a conclusão de que quer "crescer" junto com ela em seus dias, e que a vida aconteça como for meu bem!

mas não perguntou a ela se ele pode,

posso?



J.Fábio 19/11/07
Foto by Keka kloaca

sábado, 10 de novembro de 2007

sem titulo 01


e minhas marcas ficam em tudo e todos os lugares que passo...
não só como as pegadas que os pés deixam na areia da praia
ao longo de uma caminhada em um fim de noite frio e singelo!

falo dos cheiros, gestos, palavras que ficam impressos, entalhados, esculpidos, cunhados em tudo e todos os lugares que passamos, tocamos, sentimos, fazemos a todo tempo.

aquela rua tem a minha pele, pele da queda da bicicleta, com também tem a queda... e todo um novo tudo...
certo livro tem marcas de lágrimas, e meu coração de pegadas profundas de seres pequenos, grandes e sempre guardados em minhas memórias...

a escola tem meu primeiro amor,
e na queda de uma bola de gude as primeiras dores...

e tudo fica lá e aqui num instante só, mesmo que se pareça parado, estático, imóvel... nunca o é, tudo fala, se move, pulsa em um mundo pseudo congelado!

e agora tudo flutua mais que levemente...
e a fita vermelha de um dos braços tem um peso, uma historia, com também a branca, mas ele nem sabe... só sente.

e as fitas com suas cores falam mais que mil palavras!

e no hoje, estamos marcados, mas não como a areia da praia que após as ondas muda tudo e parece apagar, esquecer aquelas pegadas feitas antes... ou os rabiscos de amor, e sim como menino e menina, com seus mundos multicoloridos de sonhos e desejos conectados pelo verde, azul, branco e vermelho de suas fitas e vidas...


e ainda assim fico um longo instante como se rebobinasse o meus pensamentos ou a vida, até o primeiro momento que pude descobrir a imagem da pessoa que vem mudar mais uma vida pra sempre.

Foto by: Bel
j.Fábio 11/11/2007

sábado, 3 de novembro de 2007

Saber


só o coração liberta
o corpo que não pára de sofrer
e de se perguntar se realmente
vale a pena sonhar mais uma vez

descobrir que o caminho
não é único, mas que a
vontade e o desejo são irmãos

viver todo instante
em busca de abrigo
nas palavras doces
no conforto de algum instinto

descobrir que viver
é apenas saber sentir
é saber voar

[lennon fernandes - 11/03/07]