sábado, 13 de outubro de 2007

oferenda a terra


e ele queria escrever algo
vasto, cálido,
revolvido, rasgado,
pronto, com cheiro e sabor verde;
como a terra após ser arada...

e ele queria poder arrancar toda
a doença dos ossos,
toda essa carne
com suas cicatrizes e
feridas que um dia
pútrida transformara-se
em terra novamente,
aberta, de sangue,
cheiro e cor...
de vida!


mas só consegue escrevinhar.



J.Fábio 14/10/07

Um comentário:

Anônimo disse...

ahhh! esse poema tá muito legal